sexta-feira, 12 de maio de 2017

BLW = Baby-Led Weaning, que significa “Desmame guiado pelo bebê” no inglês americano ou “Introdução Alimentar Guiada Pelo Bebê” em inglês britânico.


É um método de introdução alimentar na forma de sólidos de verdade e não de papinhas. A idéia é dar ao bebê o alimento em pedaços grandes para que ele possa agarrá-lo para lamber, chupar e comer o quanto quiser. A relação disso com o desmame, para o termo em inglês americano, é que ao aprender a comer naturalmente e escolher quando, quanto e como quer comer, o bebê vá, sozinho, decidindo por mamar menos até chegar ao desmame completo e natural.


Diretrizes para o BLW: introdução de sólidos guiada pelo bebê

Introdução
Aderir ao método BLW de introdução de sólidos, requer um entendimento do porque este método pode ser considerado lógico e seguro.
Seguir estas diretrizes melhorará as chances de, tanto o bebê como seus pais, aproveitarem a transição para alimentos sólidos, além de ajudar a garantir o bem-estar do bebê.
A maioria dos bebês estão prontos para começar a experimentação de alimentos sólidos por volta dos seis meses de idade. Pais de bebês prematuros (que nasceram antes de 37 semanas de gravidez), ou que possuam condições especiais de saúde são aconselhados a discutir com seu pediatra ou nutricionista no momento de iniciar a introdução de alimentos sólidos, antes de decidir usar o BLW como método, porém é muito importante o acompanhamento de uma nutricionista para a maior segurança e melhor resultado no resultado aplicado pelo BLW;
Fundamentos do método BLW - Introdução alimentar guiada pelo bebê
1. Amamentação como base para a auto-alimentação
A amamentação exclusiva é recomendada durante os primeiros seis meses do bebê. O aleitamento materno em livre demanda é a preparação ideal para a auto-alimentação com alimentos sólidos. Bebê amamentados possuem seu próprio ritmo de alimentação e, na verdade, é impossível forçá-los a fazer diferente! Eles também controlam sua própria alimentação e ingestão de líquidos, uma vez que decidem sozinhos quanto tempo deve durar cada mamada. E como o leite materno muda de sabor de acordo com a alimentação da mãe, o aleitamento prepara o bebê para diferentes gostos.
Bebês normais, saudáveis e amamentados parecem ser capazes, desde que apoiados pelos pais, de gerir sua própria introdução aos alimentos sólidos. No entanto, embora o aleitamento materno tenha as características de auto-alimentação que alicerçam a teoria do desmame guiado pelo bebê (baby-led weaning = BLW), muitos pais de bebês alimentados com mamadeira também conseguiram aplicar este método com sucesso. A única mudança significativa é que nestes casos é importante oferecer outras bebidas além do leite.
2. Entender as motivações do bebê
Esta abordagem de introdução aos sólidos oferece ao bebê a oportunidade de descobrir o que as outras comidas têm a oferecer, como parte do mundo que o cerca. Ela se utiliza do desejo que o bebê tem de experimentar, explorar e imitar. Permitir ao bebê que ele defina o tempo de cada refeição e manter a ênfase na forma lúdica de explorar ao invés da alimentação em si, permite que a transição para os alimentos sólidos siga da forma mais natural possível. Isso porque parece que o que motiva os bebês a fazerem essa transição é a curiosidade e não a fome.
Não há razões para que a hora da refeição coincida com a hora das mamadas. Na verdade, pensar no aleitamento e na introdução de sólidos como duas atividades completamente separadas perimitirá que a abordagem seja mais descontraída e agradável para pais e filhos.
3. Ele não engasga?
Muitos pais ficam preocupados com o engasgamento. No entanto, há muitas razões para acreditar que os bebês têm menos risco de engasgar quando eles estão no controle do que quando são alimentados por colher. Isso porque os bebês não são capazes de intencionalmente empurrar a comida diretamente até suas gargantas enquanto eles não desenvolvem a habilidade de mastigar. E eles não desenvolvem a habilidade de mastigar antes de aprender a alcançar e agarrar coisas. A habilidade de pegar coisas muito pequenas se desenvolve mais tarde ainda. Ou seja, bebês pequenos não podem se colocar em risco facilmente, já que eles ainda não conseguem pegar pedaços pequenos de comida. A alimentação com colher, ao contrário, encoraja que o bebê sugue o alimento diretamente para o fundo da boca, aumentando potencialmente o risco de engasgar.
O desenvolvimento geral de um bebê parece estar ligado com sua habilidade de gerenciar a comida em sua boca e de digeri-la. Um bebê que resiste muito a colocar comida em sua boca, provavelmente ainda não está completamente pronto para consumi-la. Por isso é importante resistir à tentação de “ajudar” o bebê nessas circunstâncias.
Inclinar ou deitar um bebê para alimentá-lo com sólidos é muito perigoso. 
 As regras normais de segurança na hora de comer e brincar devem ser seguidas quando a introdução aos sólidos é guiada pelo bebê.
4. Garantindo boa nutrição
Bebês que se alimentam sozinhos parecem aceitar uma grande variedade de alimentos. Isso acontece, provavelmente, porque eles podem aproveitar muito mais do que apenas o sabor dos alimentos – eles experimentam as texturas, cores, tamanhos e formatos. Para completar, oferecer alimentos separadamente ou de um jeito que eles possam separá-los, permite que eles aprendam sobre os diferentes sabores e texturas. E permitir que eles deixem de comer qualquer coisa que eles pareçam não gostar irá prepará-los e encorajá-los a experimentar coisas novas.
Os princípios da boa nutrição para crianças são igualmente aplicados aos bebês que gerenciam sua própria introdução de sólidos. Portanto, fast-foods e comidas com açúcar ou sal adicionados devem ser evitadas. Fora isso, assim que um bebê tiver mais de seis meses de idade, não é necessário (a não ser que haja histórico familiar de alergias ou qualquer suspeita de desordem digestiva) restringir o cardápio oferecido. (Nota: Bebês não precisam de dentes para morder e mastigar – as gengivas fazem o papel!).
Não há necessidade de cortar a comida para o tamanho da boca do bebê. Na verdade, isso fará mais difícil a experiência de lidar com a comida. Assim que suas habilidades forem aumentando, menos comida será desperdiçada.
5. E as bebidas?
A quantidade de gordura do leite materno aumenta progressivamente durante a mamada. Um bebê amamentado ao seio reconhece essa mudança e usa isso para controlar quanto líquido quer beber. Se ele estiver com sede, ele irá mamar por pouco tempo, às vezes nos dois seios, enquanto se ele estiver com fome, irá mamar por um período maior. Esse é o motivo pelo qual os bebês, quando amamentados em livre demanda, não precisam de nenhuma outra bebida, mesmo em dias quentes.
Este princípio deve funcionar também durante o período de transição para a comida da família se o bebê continuar podendo mamar em livre demanda. Bebês alimentados por fórmula infantil precisam de uma abordagem um pouco diferente, já que a fórmula tem sempre a mesma consistência durante o período de alimentação, independente da relação de fome-sede do bebê. Oferecer água em intervalos regulares, assim que o bebê começar a se alimentar de sólidos, garantirá que o bebê irá ingerir a quantidade necessária de líquidos.
Continuar a amamentação em livre demanda durante o período de desmame, tem a vantagem de permitir que o bebê decida como e quando ele começará a cortar seu consumo de leite. Não há necessidade da mãe tomar essa decisão por ele.
Contem comigo!
 Espero que gostem e não deixem de me contar a experiência de vocês :)!

Abraços da Nutri
Aline Colzani
Nutricionista Materno Infantil
CRN10 685

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Entendendo um pouco: DO ALEITAMENTO MATERNO À ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR:
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL NUTRICIONISTA

RAQUEL WINTER VIEIRA1 *; RAQUEL PRISCILLA DIAS1 ; SIMONE CORTÊS COELHO2 ;
RICARDO LAINO RIBEIRO2

Universidade Unigranrio

Este estudo ressalta a importância do aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida do bebê e a importância de uma introdução da alimentação complementar acompanhado da profissional nutricionista, por ser este o profissional por ser responsável para introduzir uma alimentação saudável expondo a melhor maneira de realiza-la.
Foco alguns tópicos pertinentes de necessário entendimento:

  • O leite materno é de fundamental importância para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida. É um alimento completo que fornece inclusive água, como fatores de proteção contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. Além do mais, o ato de amamentar é importante para as relações afetivas entre mãe e filho (BRASIL, 2002).
  • Nos coloca este ponto que o aleitamento materno protege os bebês contra infecções comuns que seriam respiratórios, as chamadas viroses, sendo este o único e exclusiv alimento do bebê desde seu nascimento até os seis meses de vida, como também a proporção da afetividade entre mãe e filho durante este momento, a segurança e proteção que a mãe passa para o bebê, durante 9 meses ele passou o mais próximo do coração da mãe, e durante a amamentação ele tem a possibilidade de ouvir o mesmo barulho que a tanto o protegeu;

  • A nutrição no início da vida afeta não apenas o desenvolvimento cerebral, crescimento e composição corporal, mas também a programação metabólica com impacto sobre doenças crônicas do adulto relacionadas com a dieta, imunidade, capacidade para o trabalho físico, e desempenho educacional e cognitivo (UAUY; CASTILLO- DÚRAN, 2004).
  • A alimentação complementar adequada da criança amamentada é necessária para o ótimo crescimento e desenvolvimento da mesma e, portanto, torna-se um componente essencial para a segurança alimentar e nutricional populacional e para o desenvolvimento da nação, complementando o leite materno e não o substituindo.(MONTE; GIUGLIANI, 2004).

  •                                    


  • Neste cenário complexo insere-se o profissional nutricionista, que é formado para estabelecer cuidados com a alimentação do homem nas diferentes fases da vida e lidar com os reflexos dessa prática na saúde em geral. Considerando hegemonia do leite materno na alimentação inicial da criança, o ato de amamentar torna-se, portanto, objeto ligado diretamente à orientação nutricional. Assim, o nutricionista representa um importante protagonista na promoção das recomendações oficiais sobre a amamentação e sobre a alimentação complementar adequada após o período de seis meses de idade da criança (ARAÚJO; ALMEIDA, 2007).
  • O Aleitamento materno auxilia a evitar o sobrepeso e obesidade durante a fase infantil.
  • Leite materno disponibiliza alta concentração de ferro biodisponível
  • Para as mamães, diminui o estresse, mau humor causando sensação de bem estar, diminui a probabilidade de câncer de mama, ovário, fraturas ósseas e retorno ao peso pré gestacional e menor sangramento uterino pós parto.

    Foco em um item que no meu ponto de vista é determinante e tem extrema importância:
    “a falta de informação por parte das mães e da sociedade em geral, inclusive dos profissionais de saúde, tem acarretado impacto negativo na duração da amamentação exclusiva (SENA; SILVA; PEREIRA, 2007).

    Importante e de conhecimento geral de profissionais da saúde ligados a gestação e principalmente ao parto, a necessidade de introduzir a amamentação na sala de parto, independente se este foi normal, humanizado ou cesária, para que o estímulo seja imediato ao nascimento do bebê, fazendo que este contato também contribua com desenvolvimento e o vínculo afetivo.

    “A saúde de seu filho depende de  
    você. mamente” ( LMEID ; NOV K, 2004).


    No próximo
    falaremos um pouco sobre a alimentação complentar...

    quinta-feira, 4 de maio de 2017

    E.. tchamm tchammmm tchammmm aqui está nosso lançamento de papinhas, hoje apresento as papinhas para introdução após os 6 meses de vida, porém quero ressaltar que é muito importante um acompanhamento nutricional especializado, para poder orientar melhor a mãezinha neste processo, as papinhas do Papa no Pote estão aqui para facilitar em momentos onde a mãe precisa de um Help, a produção da refeição com a criança já realiza o estímulo dela com os alimentos, não perca este momento com seu bebê!! Está com dúvidas de como iniciar a introdução, realmente deve iniciar com a papa doce? Ou será que a papa salgada seria o mais indicado? Na dúvida podem contar comigo para auxiliar neste processo de uma iniciação alimentar de seu filho, para que ele colha saúde e bem estar, através de boas escolhas que ele mesmo estará apto a realizar.. e que você com auxílio de um profissional deram a estrada para ele seguir!! abraço grande e ótima Quinta... com muita gratidão no coração.. Beijos da Nutri

    segunda-feira, 1 de maio de 2017


    De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) Neurology crianças são mais propensas a desenvolver epilepsia infantil se suas mães tinham sobrepeso ou obesidade no início da gravidez.
    De acordo com os autores, cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia. Em 60% desses casos, nenhuma causa conhecida é encontrada.
    O estudo incluiu dados médicos de 1,4 milhões de bebês nascidos na Suécia entre 1997 e 2011. De todas essas crianças, mais de 7.500 foram diagnosticadas com epilepsia entre o nascimento e 16 anos.
    Os pesquisadores descobriram que o excesso de peso materno por volta da 14ª semana de gravidez pode estar relacionado com o aumento do risco de epilepsia em crianças.  
    Mulheres com obesidade (IMC de 30 a 35), tiveram um aumento de 20% no risco de ter um filho com epilepsia em comparação com mães com o peso normal. Para as mulheres com IMC entre 35 e 40, o risco aumentou 30% e, para aquelas com obesidade grave, o risco foi 82% mais elevado do que mães do peso normal.
    Os pesquisadores especularam que o excesso de peso ou obesidade durante a gravidez pode levar a um maior risco de lesão cerebral no feto, e afetar o desenvolvimento neurológico. No entanto, o estudo é baseado em inquéritos e não aprofundou as causas do risco aparentemente mais elevado de epilepsia, que pode incluir fatores genéticos e ambientais.

    Referência

    Bell WL. Maternal Obesity and Epilepsy. JAMA Neurol. 2017 [Epub ahead of print].
    Publicado em: sexta, 28 Abr 2017, 18:24